Quando novo me falaram, do meu Santo protetor Mas cresci botando fé, no Pai velho Redentor O meu Santo bebe cãnha, e se tem por meu compadre Mas eu acho que ele mesmo, não se tem por Santidade Quando vou tomar um trago, tem um gole que é pro Santo Mas porem se eu facilito, ele bebe mais um tanto O meu Santo sem auréola, que se lambe por um trago Toma aquele que arrepia, que eu recuso por amargo Quando vou para o bolicho o meu Santo me protege Quando volto para o rancho, já pro Santo sou herege Hoje entendo o Santo véio, porque sempre me acompanha Pois não é pra me cuidar, mas por gosto de uma cãnha Vez em quando logro o Santo, quando a cãnha ta escassa Pra tomar um gole seco, fica o Santo de negaça Quando ele não espera, já tomei aquele gole E ele fica de tocaia, se da gaita eu abro o fole Tenho cãnha mocoziada, lá no passo da invernada E tem outra casco branco, onde mora a mão-pelada Numa toca de coruja, lá tem outra seladita Esta eu deixo escondida, do meu Santo e das visitas Se assim sou prevenido, é por medo que se acabe E a que levo nos arreios, só o Santo que não sabe Na verdade, estou pensando, no conselho do Amaranto Ou eu paro de beber, ou eu troco então de Santo