Desvio dos teus ombros o lençol Que é feito de ternura amarrotada Da frescura que vem depois do Sol Quando depois do Sol não vem mais nada Olho a roupa no chão – que tempestade Há restos de ternura pelo meio Como vultos perdidos na cidade Onde uma tempestade sobreveio Começas a vestir-te, lentamente E é ternura também que vou vestindo Para enfrentar lá fora aquela gente Que da nossa ternura anda sorrindo Mas ninguém sonha a pressa com que nós A despimos assim que estamos sós