Era uma vez um palhaço Que andava sempre chorando Por causa da bailarina Que namorava o trapezista Nem de pierrot nem de arlequim Ela não via graça nele Que se trancava no camarim Até o circo acordar Dentro do globo da morte Alguém arrisca a vida Por um minuto de glória Pra esquecer toda tristeza O engolidor de espadas quer Arrepiar todo cabelo E a obediência dos animais Faz a platéia dizer oohh!! Um dia a mulher barbada Que era gamada no domador Chamou o mágico e disse faça: Abracadabra pra virar amor Mas nem sempre é possível ter Um final feliz pra animar E lá no meio do picadeiro O show não pode parar