As crianças abandonadas Geram ódios Em cada gesto Seus gritos de torturas São nos seus atos Os descompassos no agir É covardia uma criança Vadiar nos becos a vagar Sem ter com quem contar Crianças de um sistema cruel Morrendo como um vírus qualquer Crianças sempre vivendo ao léu Morrendo como um trocado qualquer As crianças Com fome e mendigando Em muitos cantos Das cidades elas estão Pouco ou muito agradecem como sabem Elas não sabem o que pode acontecer? Daqui pra frente o que elas vão fazer? As crianças com lágrimas e lágrimas Em cada corpo um sinal de violência Pouco a pouco se torna uma rotina No vai e vem a história nunca se termina Crianças crianças ainda há esperança