Silêncio, ausência de voz, pensamentos Ocupam a minha cabeça Um sopro de luz na varanda Atento, meus braços já merecem pausas Eu busco meus olhos na estrada Cansaço de ser eu de novo Me tenho, eu tento, às vezes consigo Meu canto não corre perigo Me falta o acaso talvez Me jogo, me esfolo, eu sigo ardendo, mas sigo Me cobro e corro pro abrigo Me perco e me acho de novo Me afogo, eu choro, sorrio e tento Me alegro no meu pensamento Na história da minha novela Despeço, de tudo que já foi embora Sou dona das minhas memórias E tudo que eu fiz pra viver Sou minha cura Já fui a ferida Sou minha cura Sou dona da minha vida Sou minha cura Já fui a ferida Sou minha cura Sou dona da minha vida