O samba da minha terra deixa a gente mole Quando se canta todo mundo bole Quando se canta todo mundo bole O samba da minha terra deixa a gente mole Quando se canta todo mundo bole Quando se canta todo mundo bole Eu nasci com o samba, no samba me criei E do danado do samba eu nunca me separei Quem não gosta de samba bom sujeito não é É ruim da cabeça ou doente do pé O samba da minha terra deixa a gente mole Quando se canta todo mundo bole Quando se canta todo mundo bole O samba da minha terra deixa a gente mole Quando se canta todo mundo bole Quando se canta todo mundo bole No cais dourado da velha Bahia Onde estava o capoeira A Iaiá também se via Juntos na feira ou na romaria No banho de cachoeira E também na pescaria Dançavam juntos em todo fandango e festinhas Dançavam juntos em todo fandango e festinhas E no reisado contra mestre e pastorinha Cantavam, laiá, laiá, laiá, laiá (ô) Nas festas do alto do Gantois (diz!) Cantavam, laiá laiá laiá laiá (ô ô) Nas festas do alto do Gantois Mas loucamente a Iaiá do cais dourado Trocou seu amor ardente Por um moço requintado E foi-se embora passear de barco à vela Desfilando em carruagem Já não era mais aquela E o capoeira que era valente chorou E o capoeira que era valente chorou Até que um dia a mulata Lá no cais apareceu Ao ver o seu capoeira Pra ele logo correu Pediu guarida, mas o capoeira não deu Pediu guarida, mas o capoeira não deu (diz!) Desesperada caiu no mundo a vagar E o capoeira ficou com o seu povo a cantar Lá laiá, laiá Laiá, laiá, laiá laiá (ô ô) Laiá, iaiá, iaiá iaiá (do alto do Gantois) Cantavam laiá, laiá, laiá laiá (vaí!) Laiá, iaiá, iaiá iaiá Laiá, laiá, laiá laiá Laiá, iaiá, iaiá iaiá Laiá, laiá, laiá laiá Laiá, iaiá, iaiá iaiá Laiá, laiá, laiá laiá Laiá, iaiá, iaiá iaiá