Por estes campos onde os sonhos me consolam Bebo saudades nas aguadas do meu mate E o canto triste de um tarrã varzedo afora Lembra por hora o rosto triste de quem parte O silêncio bordou os lençóis do rancho E as hortênsias do jardim perderam a cor Me resta apenas um amargo de tapera Sem primavera pois perdi o meu amor Nesta zamba que eu fiz pra ti Clarão de Lua A silhueta tua Nos remansos do Ibicuí A solidão é dor que mata pouco a pouco Por dias tristes vou remoendo esta dor O solitário que sombreou os seus horizontes Um condenado a viver sem seu amor Estrela antiga que fugiu do céu dos campos Pra solidão fazer morada no meu rancho Teu rosto lindo na moldura da janela Perdeu-se em mim e fez sonho de carancho