Na aléia vem alguém Lhanos gestos numa ascese do alísio Pericarpo da maçã Ocarina emite os sons Musselina lhe cobre a face Por um muxarabiê Ela vê os reflexos nas vitrines Ninguém sabe quem ela é Não permite que se aproxime Reprimi Eu tentei esquecer o óbice E levá-la à abside Não me deixe no escuro Ouça o meu clamor humilde Meu crime foi pensar Que a vida era um filme Com um final sublime Meu crime foi tentar Ser o seu amor, ter o seu olhar Vi um velho vaticinar Num vau ufano vi o Sol tremeluzir Num perjúrio venial Tinha uma tribulação Aflição de não mais lhe ver Veio o zéfiro e levantou O zefir refletiu nas vitrines E no zênite de te ver descoberta O seu olhar assim vi Assim vi Dê uma chance a um ser soturno Minha vênia, vem, assine O repúdio em seus olhos Necessito que termine Meu crime foi pensar Que a vida era um filme Com um final sublime Meu crime foi tentar Ser o seu amor Meu crime: Lhe amar