Olhem esses meninos audazes no areal! Triste ilusão que perseguem nas ruas Encontram nas paredes sombras todas nuas São galhos em um vendaval Toda noite correm atrás de um carrossel No lodo saciam suas bocas esquecidas E vem a escuridão temida Transbordam sentimentos alagando suas vidas Tornam a alma brasa, que incendeia os lares Alucina os bares nas negras madrugadas Infância? Pouca e sem casta Inocência? Dores nefastas! E suas mãos, quem as alcançam? Quem são? Ocultas crianças Soterram no areal sonhos lacrados Meninos diamantes, rotos brilhantes Estilhaçados pelo nosso mal