Cais do Sodré Oi, então? Pisaram alguém ou quê? Está bem, desculpa... Entusiasmei-me Pois mas eu é que sou fadista. Tu tocas, dás ao bacalhau. Eu é que canto Queres vir para aqui? Não... Ah, bom O Cais do Sodré não é Só bares de prostitutas, também é gente a enfardar Nas travestis estão malucas Não é só mão que passa passa a candonga do Japão Lá compro o pau de cabida, com o qual fiz esta canção Ai Cais do Sodré, ai Cais do Sodré Há quem cante o fado, como o Camané Ai Cais do Sodré, ai Cais do Sodré Gosto da fadistagem e de agua pé Cais do Sodré não é Só rusga que vai e vem É também onde o taxista bate na mulher e na mãe Bate nos filhos e na nora, atropela o próprio irmão Se o Benfica não ganha, parte a casota ao cão Ai Cais do Sodré, ai Cais do Sodré Há quem cante o fado, como o Camané Ai Cais do Sodré, ai Cais do Sodré Gosto da fadistagem e de agua pé Cais do Sodré não é Só obras e entulho É onde os carros se espetam, na 24 de Julho É o cais onde embarcam estrangeiros ilegais Ou onde estes três vão espreitar o sexo entre casais (Isto é para nós? Não, não. É para mim se calhar) Ai Cais do Sodré, ai Cais do Sodré Há quem cante o fado, como o Camané Ai Cais do Sodré, ai Cais do Sodré Gosto da fadistagem e de agua pé Ai Cais do Sodré, ai Cais do Sodré Há quem cante o fado, como o Camané Ai Cais do Sodré, ai Cais do Sodré Gosto da fadistagem e de agua pé