A Oeste de Finisterra Ficam as ilhas perdidas Disse-me um corso galego Que um dia as viu e perdeu As velhas cartografias Também o dizem assim Como ter fortuna de as achar No mar Oceano sem fim? Vinha um dia das Canárias ao largo com vento a favor Seguimos o voo das aves que tomamos por Açores Até que ouvi do mastaréu A voz rouca do gajeiro Terra à vista lá ao longe No meio do nevoeiro Ó que ilha tão formosa Pisei ao sair do batel Dei-lhe então nome de santo Em dia de São Miguel