Andei por ruas que não tinham nome Procurei abrigo em rostos sem calor Bebi do tempo, sorri por costume Mas faltava o som da minha própria cor E no silêncio que grita Foi que eu me vi, enfim Entre os cacos da vida Me chamando de volta pra mim Voltar pra mim é revolução Me abraçar sem pedir perdão Ser abrigo, ser tempestade Ser verdade em meio à ilusão Voltar pra mim é me refazer Reescrever o que eu quis esquecer Se eu me perdi, foi só pra entender Que o meu lugar sempre foi eu Dancei com sombras, fiz delas canções Fingindo que o vazio era um lar Mas cada passo guardava os sons Do meu nome querendo voltar E no reflexo quebrado Me enxerguei por um triz Foi ali, no estrago Que encontrei o que me faz feliz Voltar pra mim é revolução Me abraçar sem pedir perdão Ser abrigo, ser tempestade Ser verdade em meio à ilusão Voltar pra mim é me refazer Reescrever o que eu quis esquecer Se eu me perdi, foi só pra entender Que o meu lugar sempre foi eu E se um dia eu me for de novo Que seja pra voltar maior Com mais amor no bolso E menos medo do pior (Último refrão, voz e violão) Voltar pra mim é revolução É revolução