Desigualdade social, corrupção fodida Cria vários homem bomba de colete e touca ninja Capital das nota, da revolta dos moleque Dos assaltante de banco e dos golpe na internet Menino novo jogado na rua, acumulando ódio no peito Começou vendendo no farol, depois ele migrou pro comércio nos beco E eu sei tá faltando sarau, roda cultural, incentivo no esporte local Tá tendo chacina, inocente morrendo, mas manipulou no jornal Menorzin não tinha nada a ver, morreu igual criminoso Num tiroteio com só um dos lados armado Com a cena forjada com um oitão dos outros Deixando o irmão mais novo revoltado No noticiário um bandido morto Mais outro soldado sendo premiado Mais outra mãezinha engolindo o choro E outro parente motivado à se vingar do estado Falando de crime aqui é o Brasil número 1 A máfia paulista já tá dominando o mundo Pode ter certeza o sistema sabe de tudo Inclusive eles que ficam com a maior parte do lucro Faz uns dias que eu não durmo, refletindo sobre tudo Como ganhar mais dinheiro sem roubar esse cu de burro Um Bené, um Zé Pequeno ou Mané Galinha No final todo mundo e só o que fica é as lojinha O crime vai, o crime vem O crime vem, o crime vai Vários menorzin não tem, outros já é pai Uma boca na esquina e 5 boca em casa Uma boca que rendia e outras precisavam Uma família cristã, uma vó que orava Nem só de pão viverá e nem só de palavra Capitalismo bruto, menor sem estudo Na infância ignorado pelo estatuto Já o estatuto do crime ele decorou tudo Regras necessárias pra viver no submundo E no polícia e ladrão, gostava mais de ser bandido Andando com os mais velhos querendo estar envolvido Via um carro estranho mandava abaixar o vidro Tipo dono da favela procurado e foragido 157, 12 é trampo bomba, tem de monte Acho que ele devia ter ouvido o Sabota antes Mas nossa geração, não é igual a geração de hoje Que rato de quebrada é considerado assaltante Independente, nossa gente, nossa cara é se unir O crime vai, o crime vem e nóis tá aí pra instruir