Eu vim cantar pra você, mostrar o que aprendi Sei que a sua alma ainda vive aqui Sou Beija-Flor, sangue nobre azul e branco Laroyê Laíla de todos os santos Sopram os ventos de iansã Ressoa a justiça de xangô Pra coroar Luiz menino Que traçou o seu destino e se imortalizou Joelhos dobrados, a fé no sagrado Respeito ao legado dos seus ancestrais Preceitos rituais, um banho de axé Guias e patuás pra se manter de pé Fez da arte seu protesto Preta gente em manifesto, resistência e igualdade Ê quilombola nilopolitano Soberano e combatente na sociedade A inspiração e o dom que na lata ecoou Sentimento e som rufam no tambor Batuque e batuta, arranjo e labuta Encanto que o mestre nos ensinou E o canto que o mestre nos ensinou Com a sua voz No samba e na vida é nosso espelho Mesmo proibido sempre olhou por nós Não estamos sós, pois somos seus herdeiros Laíla, a sua história inspira gerações Marcou seu nome em tantos pavilhões Mas em Nilópolis é seu lugar Comunidade estava louca de saudade E clama no orum ao mago e ao griô Que derramem bençãos na Beija-Flor