Adorei as almas é treze de maio Laroyê, vou pra casa de Exu Há cicatriz nos terreiros do mercado Meu Onirê se levanta no adarrum Justiça é João de Obá! Kaô meu pai, evoco em rituais Sob o cajado de Oxalá Meu corpo é liberdade, mesmo fugaz Batuque pra existir Um toque de resistir A baiana preparou, bota dendê E na tenda de mainha, erês e ladainha Agô pra arriar o padê É a rua que fala, manifestação Raiz da senzala, ergue a cabeça irmão Dança que vem dos canaviais Jogo que tomba capataz Xirê, sinto a força do meu orixá O Ayê no Orum vai se transformar Dois balaios, cangerê, preceito Santo Amaro é malê, festa de preto Orayeyêo eu sou do rio Odoyá também sou do mar Segue o cortejo no ilê das Iyás Em tuas águas vai meu povo de santo De azul e branco o barco a navegar Yabás, um reencontro espiritual Que vem da África ancestral Bateu tambor ô, soberano vence O axé voltou, concorrência treme Paó paó negro Bembé Paó paó neguinho Beija-flor Nilópolis terra da magia É muita macumba, parece a Bahia