Agoyê Veste o branco de Oxalá Pra saudar João de Obá A pena de ouro assinou o meu desterro Toma a encruza laroyê Riscando no massapê, a força do meu terreiro Ó treze de maio, no recôncavo da fé Povo de santo ganha as ruas da cidade A travessia é guardiã de Daomé Identidade, O mercado é o ilê da liberdade O amparo debaixo da cumeeira Sagrada nação, ergue a bandeira Em cada fio de conta, carrego preceito Patuá que vence preconceito Quando o atabaque ecoar, é que o orum vai descer Fazendo a terra tremer, à luz do luar Maculelê, samba de roda, capoeira Ê camará, ê saravá! Abre o xirê, prepara o balaio das yabás Eu canto e danço com os ancestrais Cortejo em purificação Agradecer, À sofrida libertação Que mesmo com a abolição, sacrificou o irmão Odoyá, Iemanjá, presente ao mar de itapema Ora yê yê ô, mamãe Oxum No Subaé um banho de alfazema E lágbùrè egbome ká odò Odé odé, foi quem levou Ao ver minha luta resista Tem sangue por trás da conquista O jogo alafiou o meu legado Respeita pra ser respeitado Nilópolis é Santo Amaro da Bahia O meu bembé, a minha guia O chão da magia emana axé Sou Beija-Flor, casa de candomblé