Do silêncio da mata Sem nome, sem rosto Despertou a terra Ginga do corpo Adeus baobá uma saudade Nasceu de lá filho da ancestralidade Riso é ladainha Que vence a dor Atabaque ressoou Do Congo a prece, que não padece Em seus ombros a revolta pra lutar Levanta a poeira do pranto Roda congueiro, no Espírito Santo Batuque pra libertar João é o meu barracão Dança de um orixá O som da revolução Força que vem me guiar É o estandarte na mão A fé que não vai se dobrar Toada, amor e paixão Menina de saia a girar O Congo ecoa Desata todos os nós Meu sonho voa Jamais estamos sós Ao longe ouço a casaca resistência A nossa essência Que nunca se calou Valei- Me nossa senhora da Penha És nossa mãe Por você o meu tambor Cinquentenária Boa Vista vai passar João do Congo, no samba do meu povo A voz que dança, a Águia em festa Pra ser campeã de novo