É folha que rompe o silêncio da mata A voz que arrebata, o encantamento O som da identidade brasileira E dele nasceu João Bananeira Alma da rua que resiste feito casca de tambor Entre o sagrado e o profano, elo atravessador do tempo Reza, ladainha, movimento O fogo no sangue que mantém acesa a chama Da Ancestralidade Africana É roda D'água do meu Espírito Santo Terra batida, quintal de fundamento É canto, dança e reza Um ser mascarado O sincretismo num cortejo de Congado Ele é a lenda, ele é um de nós Ele é quem zomba e ri na cara do opressor Se há quem duvide ele vive na esperança E sobrevive em fantasia de criança O grito de Cariacica pro mundo entender Que a força da fé permanece em você Em cada sotaque, em toda promessa Vejam, Mãe Negra no Alto da Penha A benção às Bodas de Ouro Minha escola, meu maior tesouro É por ela e por você, João que eu vou cantar Quem é Boa Vista sabe como é Não se dobra e nem curva, não leve a mal Sou resistência desse Carnaval