Vai soprar o vento, voa o tempo A escrita do destino a desbravar Na imensidão um novo alento Dos portais de Benin a embarcar O brilho sublime das estrelas Africanidade no espelho das águas Cultura na travessia Clareia no horizonte da Bahia No culto espiritual identidade O alicerce da ancestralidade Alupandê Exú, sábio mensageiro Se fortalece em solo brasileiro Kolofé olorum, é luz de ifá Abre a roda no ylê pro orixá Firma o batuque na força da fé Bato cabeça na gira do candomblé (bis) Velas e oferendas no congá Casa branca, Bocum Bate folhas e cantois Faz um quilombo do terreiro Na dança da reza o preceito Tocam tambores em ritual Pelas ruas de salvador é carnaval Cores e alegria no ar Liberdade de expressão a despertar Ópera da paixão bantu-nagô Brasil, meu Brasil, o filho do amor Agô laroyê, axé mojubá Um canto ancestral a encantar Em Cima da Hora raiz verdadeira Do terreiro vem a alma brasileira Agô laroyê, axé mojubá Um canto ancestral a encantar Em Cima da Hora raiz verdadeira Do terreiro primavera Vem a alma brasileira