Sou Xica, Francisca da Silva do povo da rua Sou da cor da noite, brilho como a Lua Eu corro no vento, sou filha de Oyá Sou Xica, sou mulher guerreira de punho cerrado Venho pra avenida, mostrar o meu Legado E agora Fidalgos vem cantar Mulher guerreira, de punho cerrado Por onde ela passou deixou seu legado Da cor da noite e do clarão da Lua Ela é Xica da Silva e brilha no clarão da Lua Eparrei, Oyá! Eparrei Oyá! Reze por mim, minha mãe por onde eu andar De tanto sofrimento que vivi Senzala, nunca foi o meu lugar Quando a noite caía, na mata se escondia Negro, com sangue diamante manchava Rezei por liberdade e ganhei Também sonhei com mar e naveguei E do que eu sou eu posso me orgulhar Deixa o atabaque chorar Eu vou subi ao Egbé Orun Com Oduduwa a me abençoar Ao lado do grande pai OXALÁ Ao toque dos ogãs, eu vou girar Exu é Mojuba, a sua Yabá Pisa forte na avenida Fidalgo vai firmar, aqui nesse congá Xica, a menina de Oyá