A cor da noite No caos, as trevas Reza o mito Tupinambá Onça celeste reluzente na constelação Criou o homem por amor Provou da ingratidão Chuva de fogo Lá vem trovoada Deságua o pranto para renascer O Sol e a Lua, Cuarací e Jaci No sangue a luta de Maíra e Sumé Pois devorar é saber seguir Salve o cântico Malembe Venho de Onça Pintada Firmo ponto pra Caboclo Minha gente rompe Mata Se é magia tem fumaça Um banzé de histórias do meu Brasil Ele atirou, ele atirou, ninguém viu Tem Kayapó, ritual Araweté É Juruna é Pataxó Bororó, Wari, Mawé Se é magia tem fumaça Um banzé de histórias do meu Brasil Um Grande Rio aonde a flecha caiu Kiô saltou e desvendou encantarias Pajelança nos ponteios de celebração Kiô, kiô, kiô, kiô, quimera Reluz outra era no Império do sertão Nas troças do versador, batuque tupinambô Das onças que somos nós na aldeia Felina e selvagem Nas garras o meu manifesto incendeia Eu vi a terra tremer, Jaguará, Maracajá Eu vi a terra tremer, Juremê, Okê, Ofá Bate o cajado no chão, deixa Rugir o tambor Caxias encarna um povo devorador Pro nosso mundo não se acabar A encruzilhada protege o luar