A pajelança já vai começar Na pororoca em festa eu vou embarcar Quero banho de alegria Inundando minha vida Hoje vou carimbolar encantando a avenida Mergulhei Nas profundezas das águas do grã Pará Cruzando o espelho da encantaria Quando da névoa despontou O mistério do conto se fez nascer Ao descortinar três princesas da Turquia Atravessando portais Para uma nova vida que surgia Entre ondas gigantes nos braços do protetor Tói Averequete o vodum acolhedor Em meio as espumas da imensidão barrenta Brilha maraió da romã-biribá-bacuri Jurema jureme do cocar tricolor Dos igarapés, caipora e curupira Que vira arara, jiboia e onça No assovio do boto protege a nossa herança É de parailá é de parailô O tambor de mina inebria o lugar No toque do abatazeiro a fé espalha no ar Canto da linda doutrina aromas das juremeiras Saciam misturas a desfrutar do terreirão Verde desse chão Entre as sombras das sumaúmas A magia das contas se materializou Dando de presente A voz dos encantados ao doce curimbó axé agô