Grande Rio arretada Irmanada a nação do mangue Ninguém solta a mão de ninguém Oxente, sou cria também Trago essa luta no meu sangue Saluba, Nanã A senhora das águas É beijo doce do rio no sal do mar Filhos da mesma lama Axé pra nos guiar Um lamento negro como inspiração Brota o mundo livre em transformação Periferia se liberta Daruê malungo Manguebeat é resistência aos olhos tortos da sociedade Sou a invisibilidade, quem enxerga não me vê O coletivo arde em brasas De mãos dadas por um novo amanhecer Ô chama os batuqueiros Eu já vou me chegando Maracatu atômico já tô incorporando Traz no peito a coragem dos nossos ancestrais É lança certeira que não volta atrás Caboclo, embolada e capoeira Raízes sagradas conectou Antromangue a nossa bandeira Chico o poeta eternizou Capibaribe a baixada Histórias contadas Du Peixe, Cabral, Josué, mentes na revolução Em melodias e versos Meu protesto e manifesto Gesto de amor como salvação