É o beat do mangue que corre no sangue Me fiz manifesto, tambor e metal É a periferia, a nação Caxias E a Grande Rio no mesmo ideal Caanguejou! Prazer, eu sou nação do mangue A vala, o barro e o lodo Silenciado grito de socorro Enraizado, arretado e pensamento Movimento de expressão Evolução! Revolução! Canta a lavadeira à beira da ribeira feito um cão sem plumas (ô) Daruê malungo! Invisível à sua janela, se ergueu manguetown Do avesso, nasceu manguebeat o filho do caos Plantei a antena no seio do mangue A arte emana! Num baque virado, de festas e cores, saravei a banda Plantei a antena, dei vida ao mangue A arte emana! Juntei hip hop, rap, reggae, rock, Deu samba A lança de Okê, o dom de subverter O som que faz vencer, a lama Saluba, Nanã! Ressignificamos a cultura Resistência vive em mim Pernambucanos, sim! Das ruas de nós, desatamos nós Ecoa a nossa voz! Manguebeat de freds, chicos e Dolores Caranguejos pensadores Energia das margens, dos meus manguezais (dos meus manguezais)