Manamauê auêa, nosso manifesto tem mangue no coco Tem lama na veia Vamos embolar, Samba e Maracatu Mulambo eu, Mulambo tu Manguetalizar Homens Caranguejos com alfaias a tocar (é praieira) Grande Rio vai se reinventar A revolução começou desde que Chico pensou Em uma antena fincada na lama Sintetizadores e Tambores Transmissores das dores de um povo em opressão Saluba Nanã, protege o teu solo sagrado Olhai o povo calejado, sua fé é o que faz resistir Um Guajá nunca vai ser Chié Nosso Lamento Negro é a força da Nação Zumbi Por um Mundo Livre, um Porto Rico de sonhos Onde Jorge e Fred, nos regem em preces Um povo lutando por que não esquece Que o de cima sobe e o de baixo desce Daruê Malungo, Mestre Salu a inspirar Piaba de ouro exalando, seu baque no ar De bucho cheio é que se começa a pensar Que só desorganizando vamos nos organizar Pegando caranguejo, conversando com urubus Catando lixo que nem gabirus Entre capivaras e aratus Josué sempre esteve certo Quando disse que o progresso era algo desigual Os blocos descendo a ladeira, tem Coco de roda e Ciranda Recife e suas frevanças, Caboclos de lança O Manguebeat que Chico criou Nasceu em Pernambuco e pelo mundo esborrou Da Lama ao caos, a Manguetown hoje é Caxias Tem festa na Periferia, Psicodelia, Afrociberdelia