Não há pecado, amor, vem se acabar! Bicho pega, bicho come, requebra homem com h Sua verdade, eu sei: A liberdade é a lei! Doce veneno pra se lambuzar Surreal o ser que vejo na mata E canto no carnaval Livre, com as asas da insensatez Entre flores, plumas, paetês Tem magia, sedução Fantasia em pele de camaleão Um indomável nos palcos da vida Boca tingida de carmim Nas bandejas, secos e molhados Grito dos amordaçados, rebeldia sem fim Um bandido corazón, traiçoeiro! Cavaleiro e cigano, bandoleiro! O feitiço liberta anjos desiguais Às feridas abertas, o viço dos ideais A voz que sarra a canção Desamarra mulheres de Atenas Faz do sangue latino, poema Um pavão de mistério no ar O vira que vira pra quem quer virar Eu vou botar meu bloco na rua A festa é sua, delírio, prazer Pro Sol despertar a vida tão nua E o dia, feliz, nascer Louco, como quis, louco e aprendiz Louco é quem não vem sambar na Imperatriz