Eu vou botar meu bloco na rua Agora o bicho pega e come quem ficar Dizem que sou louco, louco é quem me diz Sou louco pela Imperatriz O que será? Essa força gigante que invade o olhar Se veste em mil peles A voz que impele energia no ar Na cara pintada tem sangue latino Profano e sagrado Puxa o rabo da censura Ousadia sobe a mesa Um banquete a rebeldia A cabeça na bandeja E se a mente voar, pousando no prazer Sussurro vira grito a devorar você O desejo roubado, é pecado sem roupa Feitiço é deleite no céu da sua boca Mirem-se no que ele canta Rosa de loucuras tantas Dança no fio da desrazão Misterioso pavão hoje se manifesta Alma cativa em noite de festa Vira lobisomem, no fundo da floresta Vamos fazer um pecado Doloso, safado, com gosto de amor Sou vira-lata de raça Onde a luz da Lua vem nua Iluminar a nossa gente No verde de um camaleão Leopoldinense