Se correr o bicho pega, se ficar o couro come Brincar botar pra gemer, meu corpo nu Na fábrica de sonhos Salve a América do Sul Se correr o bicho pega, se ficar o couro come Brincar botar pra gemer, meu corpo nu O rei mandou sambar, eu quero é festejar Ô abre alas para a imperatriz passar Quando nasci Um anjo torto me disse Vai em busca do seu apogeu! Camaleônico mutante Bicho-homem, pássaro brilhante Fui ao encontro do espaço que é meu Sou homem com h, híbrido e vedete Cheguei para brilhar Androgenia, imagem surreal Pioneiro atemporal! Cabeça a prémio, bandeja alinhada Cardápio irado com secos e molhados Hoje tive um pesadelo e levantei atento Não relativei o ódio, não parei no tempo Neandertal, bandido, cigano sensual Seduz as mulheres de Atenas, no seu ritual Vira, vira, vira, homem! (Vira vira) Vira vira lobisomem (vira, vira!) Vira o beijo da esperança! Quem canta samba, seus males espantam Seu canto plácido me ensina Que a rosa de Hiroshima, não é uma flor ôô õô Seu sangue latino, é fúria, na balada dos loucos Da vida. Um pavão misterioso Tomei um porre no tabuleiro da baiana Chutei o balde, e fui brincar meu carnaval! Fantasiei de verde, branco e pirilampo Botei meu bloco na rua, no mais puro alto astral Na roda que gira, no circo da vida De quem faz tudo por amor, meu nobre Pierrot Debaixo da Linha do Equador