Meu amor O que habita em mim desabrochou! Mil peles de quem se revelou O corpo nu em transe Veja bem, meu amor Eu sou a própria arte que provoca De alma libidinosa Metamorfose ambulante! Eu quebro, requebro Danço, balanço E não dou descanso A quem quer me decifrar Tiro os caretas do conforto Trago o contorno e a rebeldia no olhar Sou um pássaro no cio (sou eu, sou eu) Um desejo bandido, bandido! Meu amor é visceral O pecado original Vem provar o meu feitiço (eu sou, eu sou!) Se os ventos do sul hoje movem moinhos E as mulheres de Atenas reinventam caminhos Eu acho é pouco Viver como louco Entre rosas e espinhos A ave libertária eu sou, o mistério que consome Aquele que vira, vira, vira lobisomem Rasgado, suado, sem nenhum pudor Quebro o protocolo, me atiro em seu colo Da liberdade, eu sou professor Pro dia nascer feliz ao Sul do Equador! Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come Ô, menina eu sou é homem! Sou é Homem com H! Faz um carnaval comigo! Remexe os quadris! Nesse palco iluminado, sou Imperatriz!