É dia de coroação Nas páginas de glória da Serrinha Carrego a certeza que falar de Conceição É o mesmo que contar a história minha A sede de vencer, me leva a escrever Pra ver o Sol nascer de forma incomum Oju-abebe aieieo, oraieieo Oxum As águas refletem no meu olhar À flor Mulungu tão menina, congada, coroa e fita Faz do meu poema Ponciá Canto de fé no pendura saia mulher A Deusa do barro gerou a vida Procurando uma saída suplicamos por Sabela Senhora que abençoou Favela Vela teu menino e guarda a fé no coração Ação que me comove só de ver a mãe que chora Ora! Sai do alvo e faz a tua escrevivência Vivência é entender que a pretitude revigora Agora desce o morro pra vencer Pra ser mais uma preta Yalodê Agora o meu Reizinho exalta as Marias E serve um prato cheio de amor À quem tem fome de cultura, poesia! Representada pela imortal Na arte negra do meu Carnaval! Eu me embalei pra cantar Conceição Evaristo Teu pretuguês nos ensina a me descrever Juntos faremos um Império jamais visto Pois a gente combinamos de não morrer