O Sol que se desenhou Iluminou a sua história Ponciá Evaristo, empoderada mulher preta Resistencia luta e glória Nas contas do rosário Tece a vida em oração Canta Oxum, ave Maria, imaculada conceição Folia de reis, canjerê, o barro moldado, nesse mar de calor O caos que ela desbravou escreve o seu legado Menina mãe, coração poetisado Arroboboi Oxumaré Arroboboi Arroboboi, oxumaré, arroboboi Entre becos e vielas Tudo acontecia O bem e o mal em pindura saia Não era utopia Nesse mundo invisível A favela pede paz, tanto querer Temos sede de vencer A gente combinamos de não morrer Sabela uma deusa feiticeira, memória ancestral Vem com o império serrano desfilar nesse carnaval Do orum cintilam as negras estrelas A flor de mulungu conectando os seus Num grito que rasga a carne Olorum meu Deus Ela é rainha coroada com adê Com seu olhar, tudo ela vê Um mundo de encanto É carregada no axé Na sua casa de livros entra quem quiser