Mangueira canta o sonho revelado De um mundo encantado que a Mão D'água anunciou A Cobra Grande ensinou as curas Rezas, remédios, benzeduras, cerimônias Tornando o Sacaca o Xamã da Amazônia A vitória-régia viu Jacy enluarando a verde mata em pura prata E receber o mestre pro Turé no lukuh do igarapé Em noite de Lua cheia Babendo Caxiri com Açaí Na festança da Aldeia Curandeiro iluminado, Juremeiro, catimbó Benzedeiro, mandigueiro, desatai o nosso nó Boitatá cantou na mata Curupira decretou Que o Doutor da FLoresta traz a cura e o amor O mestre serpenteia pelos rios Cuidando de erês e curumins Curando cablocas e quilombolas Da floresta mãe e escola desse povo ribeirinho Feliz no sobe e desce da maré Quando é tempo de peixe, tucanaré Do encontro dos tambores, da Missa dos Quilombos As saias das açucenas são encantos da nossa africanidade Louvando a Bandeira do Divino Entoando belos hinos à Santíssima Trindade Ê louceira, para levantar poeira Chama a Vovó do Barro, faz argila em oração Esta arte é nossa história, este barro é nosso chão Brilham na Amazônia Negra As maravilhas da Cultura Tucuju Unindo o Morro da Mangueira As tribos amapazeiras e o Quilombo do Curiaú Lutando pela mata viva Pisando em folhas secas imortais Lançando o seu grito de alerta Em defesa da floresta e dos povos tradicionais Bate tambor Bate tambor Bate tambor pro Xamã Babalaô Bate tambor Bate tambor Bate tambor pro Rei Momo do amor