Me diz, Guri Onde foi que se perdeu? A história do teu povo Que o Brasil não conheceu A Águia majestosa vem contar Mistérios da Alteza de Ajudá Das trincheiras do Benin O Ifá guiou e enfim Lá nos Pampas foi reinar Mandingueiro, um bruxo Custódio Joaquim, Afro Gaúcho Assentou a identidade Nos quintais da sociedade Batuqueiro, chão da irmandade Eu sinto o cheiro da fumaça que exala Me traz na cabaça Oferenda, sinhô Ôôô Tamboreiro vai tocar Ilu sagrado é Pra saudar o orixá (Alupo Bará! Alupo Bará!) Cabinda, ijexá, oyó, jejê e nagô No Guaíba o Sopapo ecoou O sopro da palha que baila no ar, Abawô Sakpatá! Negrinho, chegou a hora Leva afora teu recado Tens a chave, a coroa E um Xaxará do lado Sem medo, remenda o velho enredo A vela acesa de eterno fulgor Ilumina teus iguais A chama não vai se apagar jamais Meu Batuque tem xirê pro santo rodar Do Rio Grande a Madureira Portela, pisa forte e tira o véu O axé que vem do Sul