Pastoreia negrinho, candeeiro a me chamar Acende vela, menino Uma história quero te contar Livre, realeza veio do Benin O suanlelê okizi erupê Destino opon ifá trouxe a nobreza pra mim Ao filho de sakpatá, a coroa e o poder Palha que dança, sol de África O herói, sua herança são mandingas dos pampas Rei dos pobres e feitiços Tinha o olhar da caridade Entre damas e vadios Lutou por dignidade A voz da liberdade Na sala, a burguesia e as ilusões O Ilu no quintal embalou nações Senta mão tamboreiro, meu axé nasceu Se é mercado o cruzeiro O mistério sou eu (a chave sou eu) Pelo Sul se encantou, xirê pra cantar Raiz espalhou, virou ocutá Imortal, assentou no Rio Grande Na pele, no sangue Com seu caminhar Irmão esse batuque é viver Porta aberta, cativeiro já findou Entenda o que é o amor no terreiro do professor Nosso príncipe é negro E sua gente macumbeira Guia seu povo, luz de Madureira Rezo pra voltar, babá sentinela Oraniã ensinou o que é Portela (sou Portela)