Lá vou eu de terno branco, chapéu panamá Gravata encarnada saudando seu zé De corpo fechado e abençoado Chegou meu Salgueiro banhado de axé Agô ô A Exú laroyê e mojubá Essa encruzilhada tem magia E tem mandinga no meu patuá Trazida de além mar Na crença dos escravos mandingueiros Na Bahia ritual encantaria Na mistura a evolução redobra a força na oração No meu talismã feitiço pra me livrar Dos males do corpo e da alma E meu orí yreô entrego ao meu pai xangô A minha bolsa eu carrego no pescoço Tem fundanga pedra de corisco e osso Na mironga do velho catimbozeiro A união do pavilhão do meu salgueiro Valei-me nossa senhora Me envolva em teu manto me dê proteção Na macambira e na estrela eu boto fé Do cangaceiro foi a grande devoção No coração o amor de uma mulher Na flor de lis à pureza da emoção Na aldeia tem pajelança No rito o canto e a dança A cerimônia é pankararu As ervas purificam a Minh ‘alma Meu velho a tua reza me acalma A furiosa dobra o rum neste terreiro No gingado do malandro do salgueiro