Carregado de axé Desço o morro me benzendo Laroye na encruzilhada Na justiça de Xangô a sentença é no machado Lá vem Salgueiro de corpo fechado Adorei as Almas Velho Mandingueiro me dê proteção Contra magia, kiumba, quebranto Livrai-me do mal e da amarração Missarandê, Missarandê Caminhos abertos, vamos vencer Império Malê carrega mandigaria E traz na pele, marcas da rebeldia Ê Bahia lhe entrego o meu patuá Rezei três missas de joelhos no altar Deu meia-noite, refletiu luar de Prata Iluminando sua morada Reis do cangaço, credo e cruz, vixe Maria Quando Moreno benzia, sua voz enfeitiçava Destemido do Sertão Nem a morte amedrontava Jurema ê, Jurema eâ Na Pajelança venho me purificar Renasci no candomblé Banho de Abô renova minha fé De contra Egum, sem medo algum Salve o povo de Quimbanda Pra vencer demanda De terno branco, seu punhal é aço puro O seu ponto é seguro quando vem pra trabalhar Que malandro é esse? Que malandro é esse? Foi seu Zé quem chegou pra curiar O Tambor da furiosa anuncia Ninguém derruba um filho da Academia Ninguém segura um filho da Academia