Sou eu, Salgueiro Que na avenida faço história Acendendo na memória Crenças que cruzaram o mar De além mar Sabedoria que liberta Corpo fechado, mente aberta Nada vai me derrubar Veio de lá, do Islamismo e da Europa Feitiços, mandigas, patuás E da mãe África, Quimbanda, magias, orixás Quem me protege não dorme, Xangô! Desco a ladeira na batida do tambor Figa no peito pra afastar o desamor Tem macumba, catimbó, veneração Zé Pilintra, descarrego, tem devoção E no Nordeste se espalhou a tradição Um sinete encantado protegia Lampião E na aldeia, Pajé toca maracá Rezas pra benzer, ervas pra curar Pankararu, Jurema Preta Deixa o Mestre trabalhar Eu vou daqui pra lá, no toque do Alujá Na forca do meu patuá Preto velho mandingueiro, firma ponto aí Pinta de vermelho a Sapucaí Ebó no tacho e acende o candeeiro, lá vem Salgueiro Ebó no tacho e acende o candeeiro, lá vem Salgueiro