Exú da minha porteira É segunda-feira Te entrego essa demanda Macumba não me pega, só atiça Sou da casa da justiça O mais forte comanda Neto de preto velho Meu nome é mistério Carrego a crença no amuleto Sinal da Cruz, arruda e patuá Guia no peito, na firmeza do orixá Um guerreiro, feiticeiro Um mandingueiro é impossível derrubar É saravá, é saravá Levo bolsa da curimba contra o mau olhar Pé no chão um destemido Pele sem nenhuma fenda Pra quem veio me ferir, nem tenta Endiabrado, pai de santo do cangaço Protegendo cabra macho Que desafiou a morte O azar e a doença eu desfaço A inveja eu amarro, com a minha reza forte E lá no juremá se bicho ruim vier Faço Pankararu e danço com pajé Axé, Abô! O moço de panamá (tô de pé) Desvia bala de mim (oh seu Zé) Aos amigos a vida aos inimigos o fim Malandro tudo vê Quem me acompanha na estrada Quem é escudo, pode ser navalha! Eu vou seguir sem medo Vestido de vermelho Mil cairão ao meu lado Tenho o corpo fechado Eu sou Salgueiro