Vem, Tom Maior, rasga o véu da ilusão No toque da alma, escuto a canção A mão que escreve, com fé e esperança É Chico mensageiro da bonança No ventre das minas nasceu um clarão Que rompeu as brumas da reencarnação Na calada do tempo, o destino o chamou Fez da dor um caminho que nunca parou A cada letra um gesto de bravura Em cada página a cura mais pura Do invisível se fez companheiro No gesto singelo, foi mensageiro O livro o coração do evangelho Plantou paz no mundo tão velho Axé no terreiro de luz, saravá! Kardec, Emmanuel, a nos guiar Uberaba é altar, onde mora a verdade O amor e caridade, clareia no olhar No silêncio da noite, a caneta girou Era a voz dos que a vida calou O Brasil feito verbo e missão O médium virou religião Nos olhos cansados, brilhou confiança De quem semeou o amor e a esperança E hoje, a avenida é o céu a sorrir Eu aprendi a te seguir Pois quem semeia caridade Vira poema da eternidade