É pra saborear, orar e agradecer Eu não aguento comer uma vez só Verde babento, feito pelas Yabás Da União de Jacarepaguá Raiz de dois mundos, das negras lembranças No solo fecundo, Gombô é herança A ancestralidade cultivou Fruto que a nobreza celebrou Ritos, oferendas, rituais Axé que alimentava os Orixá A caminho do Brasil, aos tumbeiros resistiu Nos cabelos, as sementes defumadas nas correntes Se alastra como os canaviais, resistência e fé É um Inché nas casas de candomblé Sete bocas famintas, sete filhos, sete Erês Caruru, farinha pouca, dividir eu quero ver Se na Pedreira o Rei bradou, tem Amalá na gamela Kaô Kabecilê! Xangô Quem come quiabo não pega feitiço Com pimenta e dendê, Aluvaiá de catiço Protegendo a vida num transe de felicidade Curando feridas, quizilas e males Na mesa de cumpadi o trem tá arrumado Acarajé e galinha com quiabo Sabor que afaga se cozido no vapor Num xirê regado ao molho Nagô