Bereguendém Balangandãs, yalorixá Com a Roma negra A velha Bahia Sacudindo a união de maricá Retroagindo no tempo Com os olhos voltados A um sofrido passado Estamos na velha Bahia A Roma negra Como tão bem definiu a yalorixá Na beira do cais A antiga salvador Do alto da ladeira À porta do sobrado Se vê um Brasil colonial Também a cultura negra Pretas mulheres exibindo Um tabuleiro de bolos Doces e frutas tropicais Um vai e vem frenético Um sobe e desce fazendo um corre Que não se esquece jamais Bereguendém Balangandãs, yalorixá Com a Roma negra A velha Bahia Sacudindo a união de maricá Olhos sobressaltados O luzir de joias feitas Em ouro e prata Símbolo de poder Em meio aos martírios De toda essa escravidão Metais preciosos reluzindo no corpo De uma negra mulher Nzinga a rainha de Matamba Vitoriosa em uma guerra Mostrando sim quem de verdade ela é Coberta por fios de latão Ligas maciças em colares dourados Chocalhando junto ao corpo Saberes africanos Lembranças de um sofrido passado