Meu coração pra sempre é vermelho e branco Minha união, meu balangandã é puro ouro Maricá é meu país, meu lugar o meu tesouro Como num lindo sonho Fecho os olhos posso ver a Roma negra Que mãe Eugênia falou Altas ladeiras, antigos sobrados Brasil colonial Corpos retintos Apregoando num vai e vem Rainha N’zinga Lindo corpo de mulher Saberes africanos Negros vindo da guiné Ké kiki alakorô Ogum iê Atotô babá Obaluaiê Esse brinco é de sinhá O anel do meu sinhô Deuses engalanados A corte do rapé Na arquitetura Um movimento natural Surgia o barroco tropical Mulheres guerreiras Fazendo história Entrando pra glória Um tempo cruel Nega Fulô, deusa de ébano A pele negra O mais sublime esplendor