Eabadeiaia iaia aiê Eabadeiaia eiaiá Eabadeiaia iaia aiê Eabadeiaia Bangu vai cantar! A linda Lua de África Vai refletir, na tua pele (negra) Somos herdeiros do Alafin de Oyo O elo maior com a natureza Olhar de serpente, nobreza de raça Que quebra a corrente e não se entrega não Tem a valentia de um Leão Brilhou... Nos olhos o fogo ancestral Alumiando o ritual O céu e o mar, Orum e Aiyê Se unem pra te proteger Ôôôô Calunga é dor É um clamor por piedade Ê maré! Que dança Ê maré! Balança o tumbeiro Velho prisioneiro da desigualdade (Oceano inteiro é pranto de saudade) O brado de Agotime ecoava Rainha, Mãe Naê do Agongonô Galanga virou Chico-Rei Palmares é o meu Ylê Tem festa no Quariterê Seguindo em devoção eu vou Ao ébano altar da ginga Toque de cabaça enfeitiçado Eu quero ver o negro ser coroado No porão da fé ôôô Leva Afefé, meu afã (pro mar) E eterniza esse canto Yorubá