Macumbembe, macumbe, samboremba Macumbembe, macumbe, samboremba Hoje, o céu mais colorido emoldura o Boulevard O meu samba é da macumba, Vila! Eu sou um sonho na aquarela O azul e branco tinge a tela Sou eu o traco sonhador Meu Rio e pincel, Bahia que pinta O Espelho da Africa retinta Chão de pedra, do sal da minha cor Nos quintais, entoam pontos de fé Os Ranchos contornados de axe A meninice volteia no riscado Com elegancia, pinto a malandragem Chapeu na cabeça e nos pes a liberdade Batuque de oga, alabe-nilu Kao kabecile! Ora aye ye, Oxum! E padrinho, e madrinha, abençoem o ylê Roda ginga no jongo e no cateretê Encanto a praça, com cordas de aco Costuro laços, em cordas de algodão Na fantasia, o amor do palhaço Em cada pedaço, um pavilhão Cortejos marchando, coroando o apogeu O quadro e o povo, e o povo sou eu Com diplomacia me fez menestrel Na arte da malicia fui a escola de Noel Vila, na terra mãe, nosso destino! Da obra-prima que eternizo (ao fnal) Assino, Heitor dos Prazeres Da vida, das artes e do carnaval