Sobô nirê, sobô nirê, nirê, mafá! Sou Malunguinho, mensageiro, guardião Firmo meu ponto aos pés da sagrada jurema Sou Pernambuco e a Viradouro é meu chão! Ao toque do alujá Ouvi nação xangô me despertar Pela fumaça viajei No terreiro encantado então pisei Sou o caminho, a mais sublime proteção O anti-herói que ronda os três mundos Mestre caboclo, exu trunqueiro João Batista, grande líder derradeiro No labor das matas me entoquei No altar fui coroado, o saber absorvi Ferido e perseguido, pelas ervas me curei Tocaias e tiranos eu venci! Quem mandou foi Juca Cheguei pra te avisar Meu poder é do divino Não mexe comigo não! Só ajudo a quem merece Meu cachimbo vale ouro A falange de malungos arriou na Viradouro! Galopo no vento, sou folha e flor No catucá, triunfei, fui forjado na dor Pelos trilhos da fé e dedicação Sou a chave, o guia, a restauração! Meu maraca vai estalar, te arrepiar Sou catimbó, a miração que vai além Entre mistérios e festanças, na encruza, sentinela Sou força sobrenatural! Muito prazer, sou o seu reis, estou contigo Meus inimigos ninguém sabe, ninguém viu Eu sou magia, chama ardente e lhe digo Estou aqui pra tacar fogo no Brasil!