Deixa, falar a emoção Deixa falar do meu passado Que ressoou no rugido de um Leão Eu nasci nos tambores do São Carlos Berço das nossas vidas Desci pra cantar por um dos meus O que é o que é, raiz tão bonita Bem no compasso, gingado seu Menino bicho novo ao dizer no pé O ritmo das mãos foi tudo que senti Baqueta quebrada no alto Um trago ao lado do palco Eu te reconheci Dominguinhos cantou (brilhou) Ai meu Deus eu vi, o povo vibrou Desvairado era o Estácio que sonhei A saudade apertou, voltei Segue o balanço do trem caipira Outros terreiros, novas batidas O maestro do morro Na cadência as paixões Mexe as peças do jogo Gênio das invenções Prepara a bossa, macumbeiro gosta Oh deixa lavar, êh alafiá Na pegada no pique Vai subir no repique O bonde vai passar Enquanto uma caixa tocar O apito ecoar não será o fim Legado virou esperança Em muitas lembranças um pouco de mim Ciça, meu coração pede passagem E a Viradouro, meu amor, faz a homenagem Vento ventou, sopro de Oyá Vermelho e branco furacão dessa avenida Eu sou o samba, mestre, a te exaltar Malandragem receba flores em vida