Ô yín nàná yò eu sou o mangue Ô yín nàná yò raiz do meu sangue Batuque de congo, axé de tambor De Goiabeiras o povo do samba chegou (Ah mas chegou) O que faltava quando tudo era nada Oxalá foi a estrada e a Senhora anciã Saluba nanã fez da lama seu ofício Rege fim e o princípio É memória ancestral do manguezal O sal do corpo encontra a doçura Onde repousam fé e cultura Submerso ventre maternal Pescador partiu pro mar Na vazante o catador Quem me cura é benzedeira Onde a fé perpetuou Das cantadeiras de roda a voz da lição Som que emerge no meu pedaço de chão Tira a canga do boi Que griô é a estrela, menina Tira a canga do boi Salve preto Benedito que abençoa meu Barreiro Vou louvar Sebastião todo vinte de janeiro São Reis por Rainhas da vida No vale da lida, nas mãos mulembá Da lama transcende a chama! Na cuia que abriga o dom de moldar De Mães e filhas, eterna essência São paneleiras a herança em resistência Nasci… Da fogueira dessa gente De chão nobre, imponente Preta forma de amor Nos toques que ampliam meu barulho Minha escola, meu orgulho Evoca à vitória em seu louvor