Vem ver! Vai ferver o caldeirão Tem magia nesse chão Onde a bruxa é rainha Meu vermelho é fogo de enfeitiçar Pra Colorado afastar as armadilhas A noite se vestiu de encantaria Pra acender toda magia Eis o grande Sabbath Me julgam por feitiço e rebeldia Sei que o corpo arrepia Com tudo que vim contar Sou eu, sou eu, sou eu O grito calado na perseguição Fogo ardente da inquisição Fumaça que paira no ar vieram as Dayans, Maoris e Ajés Das sombras para o mundo dos fiéis Ê curandeira evoca seu ritual Poder sobrenatural Em noite de Lua cheia Mocamba das matas e das marés Bruxas não se curvam aos seus pés Calejada da insana narrativa de terror Onde o medo se disfarça na imagem que você criou A magia não está no assobio É do meu feitio enfrentar o opressor Eu sou a flor que resiste por minhas irmãs A chama que insiste em cada manhã E desafia toda norma dessa convenção Prepare a poção ou o feitiço O que tenho dito é loucura ou sanidade? A fogueira se aquece de saber Nas raízes ancestrais do Brás Será um grito para nunca esquecer