[Enredo: O Último Baile do Cangaço] É lampa, Virgulino é Lampião Rei do Cangaço, o aço do sertão Sou Protegidos sou do Mocotó E segue o baile no balanço do forró Era um dia de arrasta pé Bonito de Santa Fé Pra chuva na plantação Eram bandeiras, fogueiras, fuá Vinha gente de todo lugar Pra bailar no terreirão E nesse ar de mistério e segredo Ninguém precisava ter medo São Pedro mandou festejar O homi que não era santo Chegou com o bando E se pôs a Xaxá De volta seca, Zabelê e Mergulhão Até corisco, candeeiro e trovão Ao som da sanfona vestida de chita A bela dona, Maria Bonita Sandália arrastava no chão Que sedução muié rendeira E na hora da partida A esperança perdida pela quixabeira Mas o luar sem brilho Dá o tom a escuridão Que na cilada da vida Sucumbiu o capitão Assim o cangaceiro imortal Personagem genial Está vivo na memória Tá no cordel assim No couro do gibão E nas estrelas do meu pavilhão