[Enredo: As Lavadeiras do Rio da Bulha: Nas Águas d'Oxum, Um Canto Negro de Fé e Liberdade] Hoje tem samba e batidão lá da favela Parti do alto do morro, dobrei o toque do rum São os tambores Protegidos da Princesa Saudando as filhas de Oxum Hoje tem samba e batidão lá da favela Parti do alto do morro, dobrei o toque do rum São os tambores Protegidos da Princesa Saudando as filhas de Oxum Ora iê iê, minha mãe, Rainha do espelho d’água Que teu colo traga o amor das tuas mãos, em teu louvor Ijexá no couro e vestindo ouro, evocamos tua proteção Fonte da vida que fez quarar o tempo, os ressentimentos das correntes e grilhões em corredeiras do rio da Bulha O leito mais cristalino, o amargo se fez destino Doce era o canto das lavadeiras Tanta roupa pra secar, e esta água a escorrer Vou pedir a Santa Clara para cessar de chover Correnteza de saberes e de ancestralidade Pra viver nesse desterro, começar o recomeço Lava a alma e paga o preço pra comprar a liberdade Tanta roupa pra secar, e esta água a escorrer Vou pedir a Santa Clara para cessar de chover Correnteza de saberes e de ancestralidade Pra viver nesse desterro, começar o recomeço Lava a alma e paga o preço pra comprar a liberdade A margem virou o berço para a África Pequena Das meretrizes, marinheiros e mendigos Uma vergonha para olhos azulados Pra nós, a morada; pra eles, perigo Botaram abaixo os cortiços e sobrados Mas resistimos subindo a ladeira em batuques e candomblés Floripa também é dos pretos, dos guetos e dos axés Herdeira de vó lavadeira e mãe lutadora Que pode ser mestra, atriz ou doutora Com resiliência, talento e suor Quilombos do Cruz, bem perto do céu e meu mocotó Hoje tem samba e batidão lá da favela Parti do alto do morro, dobrei o toque do rum São os tambores Protegidos da Princesa Saudando as filhas de Oxum Hoje tem samba e batidão lá da favela Parti do alto do morro, dobrei o toque do rum São os tambores Protegidos da Princesa Saudando as filhas de Oxum Ora iê iê, minha mãe, Rainha do espelho d’água Que teu colo traga o amor das tuas mãos, em teu louvor Ijexá no couro e vestindo ouro, evocamos tua proteção Fonte da vida que fez quarar o tempo, os ressentimentos das correntes e grilhões em corredeiras do rio da Bulha O leito mais cristalino, o amargo se fez destino Doce era o canto das lavadeiras Tanta roupa pra secar, e esta água a escorrer Vou pedir a Santa Clara para cessar de chover Correnteza de saberes e de ancestralidade Pra viver nesse desterro, começar o recomeço Lava a alma e paga o preço pra comprar a liberdade Tanta roupa pra secar, e esta água a escorrer Vou pedir a Santa Clara para cessar de chover Correnteza de saberes e de ancestralidade Pra viver nesse desterro, começar o recomeço Lava a alma e paga o preço pra comprar a liberdade A margem virou o berço para a África Pequena Das meretrizes, marinheiros e mendigos Uma vergonha para olhos azulados Pra nós, a morada; pra eles, perigo Botaram abaixo os cortiços e sobrados Mas resistimos subindo a ladeira em batuques e candomblés Floripa também é dos pretos, dos guetos e dos axés Herdeira de vó lavadeira e mãe lutadora Que pode ser mestra, atriz ou doutora Com resiliência, talento e suor Quilombos do Cruz, bem perto do céu e meu mocotó Hoje tem samba e batidão lá da favela Parti do alto do morro, dobrei o toque do rum São os tambores Protegidos da Princesa Saudando as filhas de Oxum Hoje tem samba e batidão lá da favela Parti do alto do morro, dobrei o toque do rum São os tambores Protegidos da Princesa Saudando as filhas de Oxum Debaixo dessa ilha passa um rio E um rio sempre guarda grandes histórias Saudando as filhas de Oxum